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Espíritas, evangélicos, católicos, umbandistas, judeus, budistas, ateus e outros no dia 07/09

Minha contribuição para o dia de hoje.

Jacira Jacinto da Silva


Creio que todos os dias seja tempo de reavaliação do que somos, o que fizemos e o que sonhamos. Hoje, quando o Brasil completa 200 anos de independência, temos um fato importante a comemorar: “a autonomia e a independência de uma nação, cujo direito à organização própria - e não mais subjugada, permite-lhe organizar-se da melhor forma para dar boa condição de vida e dignidade ao seu povo.

Mas, lamentavelmente, temos também muito a construir ainda. O sonho de um país efetivamente independente parece um tanto utópico. Desse modo, aproveito o momento para convidar a todos os brasileiros, espíritas, evangélicos, católicos, umbandistas, judeus, budistas, ateus e outros, a pensarem comigo para juntos, quem sabe, propormos algo bom para o nosso país. Escrevo do ponto de vista espírita, já que nasci e cresci com essa orientação para a vida.


O Espiritismo, assim como as demais filosofias e religiões cristãs, é uma teoria com propostas muito sólidas, especialmente a de aproveitarmos a existência para avançarmos em conhecimento, ética e moral. A Filosofia Espírita não preconiza um “deus” humanizado que julga sua criação, enviando uns para o céu e outros para o inferno. Não oferece a “salvação” a ninguém graciosamente, muito menos a troco de pagamento. Não defende a evolução egoísta, de si mesmo e em seu benefício único, não propõe castigos e recompensas e não reconhece a ignorância como oportunidade de submeter um ser humano ao outro.


O Espiritismo defende a identificação de DEUS no bem, na natureza e em tudo que enaltece o ser humano. Propõe a construção da felicidade nas próprias ações, defende a liberdade com responsabilidade. Aos poucos, vamos nos salvando a nós próprios da nossa ignorância.


O Espiritismo propõe o crescimento conjunto, de forma altruísta, identificando o outro e as instituições como partes do coletivo que merece e deve ser bom para todos. Esclarece que nossos gozos ou privações são consequências naturais dos nossos atos e das nossas escolhas, mas DEUS não castiga. Mais que tudo, é humanista e propõe PARA TODOS a educação, o conhecimento, a elevação de sentimentos como forma de melhorar.


Não existem soluções simplistas para problemas complexos. Para a questão da segurança, propõe, principalmente, políticas públicas seríssimas de investimento no ser humano, restringir ao máximo as diferenças sociais, pois sem educação e justiça social não há paz no mundo. Armar-se não promove segurança como já demonstrou a postura adotada ao largo de séculos.


Ao invés do ódio e da separação, promovamos paz e união. Não é dia para gritar à morte do outro, é tempo de promover solidariedade, doação e partilha. Antes de sair pelas ruas espumando ódio e propondo guerra ao outro, reflita sobre as lições básicas de Jesus de Nazareth. O que disse o mestre na parábola do bom samaritano? O que ensinou na passagem com Zaqueu? O que fez Jesus diante da cena do apedrejamento de Madalena?


Depois disso, saberá naturalmente o que deve fazer no dia de hoje.




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